Clínica Frankini

Clínica Frankini

Cirurgia Vascular

A arteriosclerose é o entupimento das artérias. Isto se dá pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos nas suas paredes, diminuindo seu calibre e consequentemente uma diminuição no aporte sangüíneo aos tecidos irrigados por elas. Desenvolve-se lenta e progressivamente. É uma doença silenciosa, os primeiros sintomas ocorrem apenas quando já há uma obstrução significativa do vaso.

Quais os sintomas?

Os sintomas dependem do local acometido. Geralmente mais várias regiões são afetadas, mas apenas algumas (onde a obstrução é mais intensa) produzem sintomas.
– artérias do coração (coronárias): dor no peito durante o esforço físico
– artérias do pescoço (carótidas): alterações visuais, paralisias transitórias, desmaios, acidente vascular cerebra
– artérias ilíacas e femorais das perna (ilíacas e femorais): dor nas pernas ao caminhar (claudicação), queda de pelos das pernas, atrofia da pele, unhas e musculos, impotência.

Quais os fatores de risco?

– Idade a partir dos 50 anos
– Homens e mulheres pós-menopausa
– Hiperlipidemia (colesterol alto)
– Tabagismo
– Hipertensão Arterial Sistêmica (pressão alta)
– Sedentarismo
– Genética

Aneurisma é a dilatação anormal e permanente de um determinado segmento das artérias. Isso ocorre pelo enfraquecimento da parede arterial que pode ser congênito ou secundário a doenças, especialmente a arteriosclerose.
O mais comum é o Aneurisma da Aorta Abdominal, frequentemente não causa sintomas e o diagnóstico é feito ao acaso através de exames de imagem. Aneurismas muito grandes podem causar compressão de estruturas vizinhas e apresentar-se ao exame físico como uma massa pulsátil no abdome.
A complicação mais temida é a rotura, que implica em elevado risco de morte para o paciente. Quanto maior o diâmetro do aneurisma, maior o risco.
O tratamento geralmente é cirúrgico devido ao elevado risco dessa condição.

A Trombose Venosa Profunda (TVP), conhecida como flebite ou tromboflebite profunda é a coagulação do sangue no interior das veias. Ocorre mais frequentemente no membros inferiores. Os principais sintomas são a inchaço e dor.

Fatores de risco:

– uso de anticoncepcionais orais combinados (pílulas contendo estrógeno)
– tratamento hormonal
– tabagismo
– varizes
– insuficiência cardíaca
– tumores malignos
– obesidade
– história prévia ou familiar de trombose venosa
– imobilização prolongada (cirurgias extensas, longos períodos de repouso, viagens longas de avião)
– fase final da gestação e o puerpério (pós-parto)
– anormalidade genética do sistema de coagulação.

A TVP pode ser de extrema gravidade na fase aguda, causando embolias pulmonares muitas vezes fatais (embolia pulmonar é causada pela fragmentação dos coágulos e a migração destes até os pulmões, entupindo as artérias pulmonares e gerando graves problemas cardíacos e pulmonares).
Na fase crônica, após dois a quatro anos, os principais problemas são causados pela inflamação da parede das veias que, ao cicatrizarem, podem levar a um funcionamento deficiente destes vasos sangüíneos. Essas alterações levam a pigmentação escura da pele, grandes varizes, inchaço das pernas, eczemas e úlceras de perna.
A TVP pode não causar sintomas. O diagnóstico clínico é difícil. O exame mais utilizado para o diagnóstico da TVP é o Eco Color Doppler.
O tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes.

As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo. São mais frequentes nas mulheres.

Quais são os sintomas das varizes?

– dor tipo “queimação” ou “cansaço” nas pernas
-sensação de peso e ardência nas pernas
– edema (inchaço) das pernas que piora no final do dia

Quais são os fatores de risco:

– sexo feminino
– uso de anticoncepcionais orais combinados
– permanecer muito tempo parado em pé ou sentado
– tabagismo
– história familiar

O tratamento específico das varizes depende da avaliação do cirurgião vascular. Vasos calibrosos, salientes e visíveis, que elevam a pele, e pequenas veias de trajeto tortuoso ou retilíneo necessitam cirurgia. Já as telangiectasias ou aranhas vasculares (vasinhos fininhos) devem ser tratadas pela escleroterapia (injeção de uma solução esclerosante dentro destes vasos).

As veias que são retiradas, por estarem doentes, não colaboram para a circulação. Sua retirada causa melhoria na drenagem venosa dos membros inferiores, aliviando sintomas e prevenindo as implicações da evolução da doença.

Para os pacientes que não querem ou não podem fazer nenhum dos tipos de tratamento citados, pode ser empregado o tratamento clínico com medicamentos, elevação dos membros inferiores e, fundamentalmente, o uso de meia elástica.